VIVER A CULTURA DO CAFÉ LEVOU BARISTA A DESCOBRIR SABORES E AROMAS PELO MUNDO

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VIVER A CULTURA DO CAFÉ LEVOU BARISTA A DESCOBRIR SABORES E AROMAS PELO MUNDO

Quando o assunto é café, usar a palavra “tradicional” é mais que clichê, ainda assim não deixa de descrever a importância da bebida da rotina de grande parte dos brasileiros. Seja um momento de pausa na correria ou como um “elixir” para despertar pela manhã, há quem não goste do sabor, mas acaba por necessidade incluindo uma ou duas xícaras na rotina.


Era caso do empresário Tássio Puertes, de 29 anos, que só foi aprender a apreciar o sabor do café depois de entender a diferença que qualidade dos grãos acrescenta ao tal “elixir”. Muito além da tradição, o valor está na experiência proporcionada pela bebida, mostrando que há verdade na máxima popular que diz que só não gosta de café quem não provou direito.

Em uma busca por lugares que proporcionassem a experiência da cultura do café em cada uma das regiões pelas quais passou, principalmente na Itália, onde a fama do expresso é forte. “Procurei as melhores cafeterias em cada cidade, fui conhecer os proprietários, ver o que eles faziam e como era a cultura do café para eles. Minha curiosidade era sobre os cafés especiais lá fora e me deparei com uma situação completamente diferente do que tinham me falado”.

A preferência por grãos especiais não é por acaso, Tássio explica que maneira como o café é coletado, passa pelos processos de torra e moagem influência em muito o sabor da bebida, que comumente é associada ao amargor e à cor escura com aos quais estamos acostumados.

Apreciar café como é apreciado o vinho ainda é recente, no mercado brasileiro a cultura começou a ser disseminada há cerca dez anos, mas que conquista cada vez mais consumidores. Barista fascinado pelo grão, Tássio explica que para extrair uma bebida de qualidade é necessário mais que um produto de qualidade, é necessário também levar o processo à sério. Assim como em qualquer área da gastronomia, os ingredientes na preparação da bebida também são medidos com a ajuda de uma balança, variando a quantidade de ingredientes de acordo com o método utilizado, fazendo de cada xícara uma receita.

“Cada coisinha diferente que você faz no processo de extração aumenta o amargor do café, que é uma característica que não queremos trazer. Queremos trazer o café como ele realmente é, uma bebida azeda, que não é amarga, que tem certa doçura, tem aromas, sabores, pontos e notas. É uma bebida muito comparada com os vinhos”.

A próxima viagem na sequência do “tour do café” já tem data marcada, mas não é para o exterior, é para o Espírito Santo. Tássio conta que parece um pouco fora do roteiro, uma vez que por aqui as regiões mais famosas ficam em Minas Gerais, mas em questão de grãos especiais, o Estado tem se destacado. Belo Horizonte entra na agenda e para o ano que vem, Chicago e Seattle nos Estados Unidos também fazem parte da experiência da cultura do café.

Fonte: https://bit.ly/2MADAWc